terça-feira, 24 de março de 2009

VASOS


"Temos porém esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa" (2 Coríntios 4.7)
Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara, ao qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; enquanto o pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem à beira do poço: "Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas." - "Por quê? De que você está envergonhado?", perguntou o homem. - "Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura faz com que a água vase por todo o caminho. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha salário completo dos seus esforços", disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: "Quando retornarmos para casa de meu senhor, quero que perceba as flores ao longo do caminho." De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: "Você notou que pelo caminho só havia flores do seu lado, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se não fosse do jeito que é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua mesa." Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar-nos com todas nossas imperfeições para embelezar a mesa e trazer alegria ao coração de nosso amado Pai Celeste. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças. Lembremo-nos sempre: "Nunca te julgues inútil, Deus te fez sem cópia". "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele" (1 Coríntios 1.27-29)
Vaso RachadoPublicado em 5/14/2003Enviado por: Vagna Prata Cabral Chaves Boletim da Kairós (Fev/2000) Associação para Treinamento Transcultural

Existe uma relação muito clara com a ornamentação e a nossa vida em comunhão com Deus. Ao decorrer do nosso caminhar na vida espiritual o Senhor vai nos aperfeiçoando, ornando o que precisa ornar, tirando as rachaduras, nos moldando por várias vezes até chegarmos naquilo que ele projetou para nossas vidas. O Senhor é o nosso oleiro, aquele que transforma nosso ser diariamente tirando as coisas ruins de dentro de nós, colocando sementes que germinarão e darão muitos frutos.
"como vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu." Jeremias 18


Desci à casa do oleiro a fim de encomendar um vaso.No momento em que esperava para ser atendido, meus olhos admirados passeavam de um objeto a outro, encantados com sua beleza.Foi quando reparei em um canto um pequeno pedaço de barro. Pareceu-me abandonado. Aproximei-me e, ali mesmo, fui testemunha de uma coisa espantosa. - Remodela-me, Senhor! - repetia com ar sofredor a pobre criatura. Impressionado, dirigi-me ao oleiro: -Amigo, sempre apreciei teu trabalho. Como todos sabem, a melhor obra é a que sai de tuas mãos, no entanto, me recuso a acreditar que por mero descuido relegaste um pequeno pedaço de barro à mais triste solidão.Ele me fitou em silêncio, a princípio pensei que fosse condenar minha aflição, mas após alguns minutos se pronunciou:- Caro amigo, aprecio tua preocupação, porém o pequeno barro de nada me serve, te garanto que não tem jeito não.- Como assim, me recuso a acreditar que tão hábil oleiro não saiba o barro aproveitar. - Julgaste-me mal. Este barro é que é um enganador, garanto que milhares de vezes o tomei entre as mãos e todas às vezes decepcionado, me vi forçado a abandoná-lo. É impossível trabalhar com ele, e se o deixo perto de mim é porque mesmo assim o amo de coração. - Mas que defeito tão grave é este?- É simples, não se deixa modelar. - Entendo! - exclamei desconcertado. Neste dia, deixei a olaria pensativo. Quantas vezes pedimos, imploramos.. . E não sabemos aproveitar as oportunidades que a vida nos dá. Cada dia uma nova porta se abre à nossa frente. Cada dia somos chamados a fazer a experiência da Ressurreição. Podemos aceitar o convite e caminhar ou ficar parado, olhando mais uma porta se fechar. Remodela-me, Senhor! - repetia o pequeno barro. Será que ele queria ser remodelado? E você?



Na casa do oleiro existe vários tipos de vasos, assim é na casa do Senhor. Cada um com seu geito, com sua ornamentação própria, pessoal e intransferivel, porque o Senhor molda como Ele bem entende e conforme o seus planos!!

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